sexta-feira, 20 de maio de 2011

Temos que aquietar. Tudo é tão veloz e passageiro.Temos que reconquistar os dias de descanso, rede, sono e sonho. Acordar por
minutos, talvez horas. Acordar vendo a manhã virar dia. Temos que aquietar.
Sentir a falta, saber do despreparo, do impróprio. Entender os limites do
entendimento. Querer a despedida. Procurar a memória tranquila e pendurar as
fotografias. Temos que aquietar. Perceber os pequenos milagres cotidianos.
Dar importância. Receber o recado. Deixar vingar apenas a serenidade. Em
pratos quentes. E quando se aquieta assim, não digo pra aceitar a derrota ou
subir em cima do muro ou se tornar um arredio velho rabugento. Quando a
nossa alma aquieta, estamos muito mais fortes pra enfrentar os dissabores,
as dívidas mal-pagas, os atrasos da incoveniência. Libertos pra revolucionar
a vizinhança com ideias mirabolantes, livros novos e gargalhadas afiadas.
Alívio. E se alívio é prazer, já tá tudo certo. Além do prazer, precisamos
de que afinal?
Prazer, mano, prazer. Tão simples como diferenciar novamente o que é normal
e o que é absurdo. E o que é bom e ruim nisso. E o que queremos de verdade,
da normalidade e do absurdo. Na verdade. Só isso.
A todos, silêncio. Aquietar um pouco para, enfim, barulhar em fogos de
artifício. Barulhar o alívio, barulhar o prazer. Isso para sempre.

 
-Fernando Sato-


 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não me interessa

Não me interessa
Não me impressiono com cifras, títulos ou promessas. Acredito em atitudes,
Não sei agradar ninguém dizendo algo que não penso. Ou que não é. Tento dar bons exemplos. Tenho consciência de que sou responsável por tudo que escrevo uma vez que deixo alguém ler. Falo palavrão na hora certa. Xingo na hora errada. Escrevo tudo que vem à cabeça sem roteiro, sem pensar se vão gostar ou não. Escrevo porque é a forma de organizar meus pensamentos. Escrevo porque é a forma de eu me conhecer mais.
Não me importo em ser clichê, nem em repetir isso a cada texto. Não me importo escrever mil vezes sobre o mesmo tema. O amor é clichê inesgotável. Impossível não ser igual a tudo que já foi dito. Impossível não dizer de novo a mesma coisa. A verdade está na coerência, na transparência e nas atitudes. Acredito nisso.

-Brena Braz-

Coisa simples é o máximo

Fazia muito tempo, quase um ano (tudo isso???? Possivelmente), que eu não sentava na grama...e hj, sem planejar fui logo ali e sentei.
Fui buscar minha filha na aula de vôlei, perto de casa, e no caminho uma extensa grama verde (lembrei da música do Ramil) nos esperava...E como há muito não fazia, sentei,pensei, repensei, e fui colocando vírgulas em frase inacabadas e tirando as reticências. É certo que coloquei um ponto final em algumas frases, mas todas elas me fizeram refletir um tanto.  Sobre tolerância,principalmente (da minha parte, inclusive).

Num mundo ou numa sociedade em que somos cobrados o tempo todo para sermos bons pais,bons profissionais,bom isso, bom aquilo...por quinze minutos consegui deixar de lado todas essas cobranças e chatices (sim,porque cobrar os outros é o mais alto grau de chatice). Deixei de lado aquele nó na garganta por ouvir de uma tia que minha filha era "desfigurada" (apesar de que me defendi à altura).Deixei de lado as contas pra pagar, os quilos por perder, a teimosia interminável da herdeira, a casa meio bagunçada e só pensei em continuar ali...

Ali, no sol de Outono eu era da idade da minha filha...

E de noite,fui toda feliz ver uma entrevista pra lá de bacana, da humorista gaúcha Grace Gianoukas, pertinho de casa, no Studio Clio...na companhia do Nato.

Coisa simples é o máximo!!!

Bjo pra vcs...

P.S: de saudade da amiga Dani Fuga...seria massa a gente poder sair com as pequenas juntas...dividindo sorrisos, risadas, chimas e dúvidas (sim, porq toda mãe tem dúvida,né? Aliás, todo ser humano tem...Eu tenho uma coleção...)


terça-feira, 17 de maio de 2011

Nós,mulheres

"Se todas nós fôssemos belas, simpáticas e atraentes; se fôssemos ótimas amantes e profissionais bem sucedidas; se cuidássemos dos filhos, da casa e fizéssemos parte de algum voluntariado... puxa vida, seríamos fantásticas!
Pois é, mas não estamos com toda essa
bolinha apesar de sermos bombardeadas por uma mídia que apela para sermos a “Mulher-Maravilha”, custe o que custar. E não tendo muita estrutura para aguentarmos tal imposição, saímos desatinadas à procura da academia mais próxima ou de uma clínica que nos ofereça “o pacote milagroso”, ou seja, a promessa de virarmos um mulherão, pelo menos em termos de beleza.
Malhamos como loucas, e, muitas vezes, saímos da academia com a sensação de termos virado uma Barbie. Já estamos com a cabeça feita: mulher tem de ser magra, esquelética, quase anoréxica. Está tudo à nossa disposição: desde aulinhas cafonas, ensinando como sermos mais sensuais, até um festival de implantes de silicone.
Sensualidade não se aprende, é algo espontâneo. Cada mulher tem a sua peculiaridade; se não agradar aos gregos, agradará aos troianos...
O cuidado com nosso corpo é necessário, mas parece que perdemos o sentido exato das coisas. Estamos parecidas com robôs: cabelos iguais, lisos e repartidos; barrigas à mostra de todos os tamanhos e formas; muito silicone alterando medidas equilibradas ou muitas vezes nos impedindo de sorrir, travando nossa expressão facial.
Enfim, estamos uniformizadas; parece-me que fazemos parte de uma única escola, tudo cai bem para todas: o que veste a magra, a gorducha abocanha. E mais: temos ainda como opção, a lipoescultura.
Mas depois de estarmos belas e formosas, de termos comido o pão que o diabo amassou, saímos a desfilar em companhia do nosso homem.
Mas falando sério, e apesar dessas firulas, podemos nos orgulhar diante da luta pela nossa emancipação.
A nossa verdadeira história é marcada a ferro e fogo à procura de um espaço nobre, seja nas artes, na literatura ou em outras áreas. Somos um Exército avançando e tomando posse do que nos é devido. Nada mais justo.
Bom seria se fôssemos reconhecidas pelo que escrevemos ou falamos e não por termos lábios carnudos, peitos enormes e bumbum empinado.
Bom seria se fôssemos reconhecidas como profissionais capacitadas nas áreas técnicas com o mesmo reconhecimento e remuneração dispensada aos homens.
Bom seria se, após uma vida de trabalho, não sentíssemos o desconforto por estarmos aposentadas e o vazio de uma vida vista como improdutiva.
Bom seria se fosse reconhecido o nosso espírito de abnegação.Bom seria se, na velhice, fôssemos cercadas de atenções, de paciência e de amor.
Bom seria, se tivéssemos o reconhecimento dos filhos, como mães amorosas que tentaram acertar...
Mas ótimo seria se, na condição de mulher, não precisássemos matar um leão por dia para provar do que somos capazes."


Tais Luso de Carvalho
É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez
o que já se viu, ver na primavera o que se
vira no verão, ver de dia o que se viu de
noite, com o sol onde primeiramente
a chuva caía, ver a seara verde, o
fruto maduro, a pedra que
mudou de lugar, a sombra
que aqui não estava.

É preciso voltar aos passos que foram
dados, para repetir e para traçar
caminhos novos ao lado deles.

É preciso recomeçar a viagem...SEMPRE!"

-José Saramago-

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Então...

Hoje acordei com vontade de ouvir Rita Lee, anos 80.
Deu saudade da risada infinita da Narilane (q agora está mais próxima).
Deu saudade do cheiro de maçã, do cheiro da infância...
Hoje acordei pra botar no mundo uns versos soltos, sem pressa...
Deu vontate de abraçar quem não está perto,
De não calar, de não temer, de ir mais longe...
Deu vontade de bater na casa da vizinha e dizer a ela, q a filha pequena só quer um abraço...
Sim, porq se tantos me comovem com sua ternura (Carol, Nari, Jana, Daia, Ká, Dani e tantas outras...), há sempre quem me tira do sério com sua falta de delicadeza...A "vizinha ice", por exemplo...
Hoje, q eu saiba, vai ser melhor do q ontem, vai ser melhor do q eu imaginava...E se nada for aquilo q eu imaginei...trato logo de me abraçar...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pessoa

...Mesa posta, amor inteiro, ruas ao vento, cantiga para ficar, mesmo tendo que ir embora...Uma pessoa para mudar todo o roteiro de uma vida só...

(Beta Nunes)


Café, por favor...

Eu quero passear muito ainda nesse outono. De cachecol, casaquinho de lã e mãos dadas...
E para não perder o costume, tomar um bom café, preferencialmente acompanhada (amigos, amor...).

Bjo,Beta.


Não saio muito bem
em fotografias.
Porque meu melhor lado
a foto não pega.
Não me faz bela
ou me faz jus.
Porque meu melhor lado
não é o esquerdo.
Não é o direito.
É o de dentro."

-Lilian Dalledone-

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Que a gente siga cultivando um pouco da pureza,
inocência e confiança que a gente tinha aos 8 anos.

Coisas que acabam se perdendo com o cotidiano.
Então, sigamos inocentes, mas sem deixar de curtir
a magnitude de ser gente grande."

-Martha Medeiros-


Depois de um baita tempo fora deste blog, retorno.
Deu saudade de postar qualquer coisa aqui, mesmo q curtinha.
Algumas coisas aconteceram nas últimas semanas.
E a maioria veio para comprovar q quem me quer bem está/estará sempre ao meu lado, pessoal ou virtualmente. Bom isso,né?

Nesse meio tempo, fui ao Rio de Janeiro, com o grande amor, após uma pausa de 18 anos sem aparecer por lá. Foi lindo rever tudo, curtir a alegria contagiante dos cariocas. Tb serviu de recado próprio, para q eu ria mais e me estresse menos (o coração e as pessoas ao redor agradecem,né?).
Tb nesse meio tempo completei 33 anos...sim, a idade de Cristo, e muito embora me sinta na flor da idade (rsrsrs), o fôlego, as pernas, e os ponteiros da balança já não são mais os mesmos. Eu tb mudei. E sei q para melhor e para pior. Porq é fácil dizer: eu evolui, eu to zen,eu to tri...mas confesso q estou tentando ser uma pessoa melhor, estou tentando cultivar ainda mais as coisas simples e a valorizar exatamente aquilo q eu tenho.

E qdo penso em simplicidade, logo de cara me vem na cabeça pessoas como Dani Fuga, Carla Castanho, Jana Sauer e Jana Tedesco, Dege Cavalli, Dali Lopes, Alci Moura, Ká Emmel...e tantas outras...acho q elas já nasceram com um pé na estrada da delicadeza e da firmeza de caráter (coisas meio raras hj em dia, né não???).
Mas voltando. Um tempo sem postar aqui e a rotina é a mesma: cuidados com Carol, com o amor, com o trabalho, com a casa e comigo mesma...

Deus!!!!Q eu não perca a doçura, mesmo na correria!!!!