terça-feira, 5 de julho de 2011

O que fica

Num mundo das belezas instantâneas, onde basta uma aplicação de Botox, uma ida ao cirurgião plástico, ou a menos drástica das atitudes: a boa e velha musculação...Difícil ficar feia.
Tb não é difícil ouvir comentários do tipo: "aquela mulher é linda, aquele homem é o mais bonito q eu já vi"...Mas qdo a beleza do corpo diminui, aí para certas pessoas fica até desconfortável encarar uma velhice...
Nesse sentido, acho bacana qdo a Luíza Brunet ou a Bruna Lombardi dizem q não têm medo de envelhecer (nem eu, tirando o medo de ficar doente). Acho massa essa consciência de que as coisas são finitas em determinados pontos. Porém, aquilo q tá lá dentro da gente, é para sempre.
Sempre que reparo um pessoa bonita caminhando pelas ruas, e qdo essa beleza nos salta aos olhos é inevitável pensar: será ela feita somente dessa beleza externa? Tomara q não. Porq fácil é receber elogios (e ao mesmo tempo, bom tb) pelo corpo no lugar, pelo rosto bonito...Mas quero ver, de verdade, as pessoas admirando seus parceiros, principalmente na terceira idade, pelo q existe dentro delas. Em outras idades tb.
Belas pernas, bunda no lugar, peitos nos mesmos moldes...agradam o olho humano. Mas inevitavelmente chega uma hora em que tudo isso vai diminuir, se apagar...e aí eu desejo de verdade q as pessoas se gostem pelo q o outro carrega dentro de si (valores, princípios, ações tão bonitas qtom o corpo visto pelo lado de fora).
Dia desses, vi de perto a musa do cinema marginal dos anos 70, Helena Ignez, aqui em Porto Alegre. Não faço a mínima ideia de quantos anos tem agora. Mas calculo que beira os 70...Vendo umas fotos dela no auge da carreira, dá pra ver a perfeição em pessoa (ainda mais num tempo em que nem se falava em recursos estéticos). Helena Ignez foi uma moça linda, jovem e talentosa. Corpo no lugar, mas certamente, a mente não ficava para tras. Atualmente, dá para perceber que as rugas chegaram em grupo, mas nem por isso ela ficou menos atraente (porq, ainda bem, consigo ver além das aparências).
Tomara então, q nesse mundo de tantas intervenções cirúrgicas e medo de envelhecer, q as pessoas possam continuar admirando as outras, mesmo depois q a beleza física passar.
Como diz um velho ditado: "não mexo muito nas minhas rugas. Demorei muito tempo para tê-las"...

Bjo,Beta.

P.S: não estou dizendo com isso q sou contra as pessoas se cuidarem...mas na manha, sem neura...





        * Helena Ignez em dois tempos (na juventude dos anos 70 e agora, em 2011)

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